Esse foi o dia em que mergulhamos com focas, visitamos um parque de aves e um aquário na Cidade
do Cabo.

Visitamos nesse dia:

  • Hout Bay;
  • World of Birds;
  • Two Oceans Aquarium; e
  • Mama Africa.

Previously on S2S’s Cape Town Trip

No post anterior, que você pode ver aqui, visitamos um tal de Cabo da Boa Esperança em um Sidecar utilizado na 2ª Guerra Mundial. Passamos por uma cidade portuária de estilo colonial chamada Simon’s Town, uma ilha de pinguins chamada Bulder’s Beach, e também pela belíssima estrada Chapman’s Peak, finalizando em um pôr-do-sol na Cape Wheel.

Não deixe de ver o noso vídeo musical no topo do post.

Se quiser ver todos os posts da África do Sul, pode ver o post índice aqui.

Dia #4 (20/03/2017): Um dia animal

Mergulho com Focas

Iniciamos o dia fazendo o mergulho com as foquinhas, que foi um dos melhores passeios da viagem. Quase todos os passeios foram os melhores, então assim fica difícil, eu compreendo.

Reservamos com 8 dias de antecedência pelo site da Animal Ocean. Optamos pelo valor sem o transfer. Dessa forma, assim que acordamos, pegamos um Uber para o Mariner’s Warf em Hout Bay, de onde sairia o passeio.

Dica #4.1: Decidimos ir de Uber porque queríamos passar na World of Birds na volta, que era no meio do caminho, o que não daria pra fazer com transfer. A combinação Focas/World of Birds é tão comum que, quando, ao fim do passeio, falamos para o pessoal da Animal Ocean que o nosso próximo destino seria o parque das aves, eles riram e disseram, “clássico”. Mas a gente nem sabia disso. Decidimos meramente olhando o Google Maps.

Curiosidade #4.1: sou viciado em Google Maps. É mais forte que eu esse desejo de abrir o Google Maps e sair navegando pelas estradas das cidades, descendo no Street View, clicando em tudo que me aparece pela frente. Deveria, inclusive, participar dos Googlemapólatras Anônimos. “Oi, meu nome é Igor”. “Oooooi, Igor!”

Chegamos e procuramos a galera do Animal Ocean. Fiquei um pouco perdido – o lugar era grande. Mas eu tinha créditos de telefone no celular além da internet, então liguei para eles e os achei. Ficam em uma tenda. Eles nos passaram um vídeo demonstrativo e, logo após isso, colocamos as roupas de neoprene, que, aliás, são um parto pra botar. Há uma parte fechada da tenda em que se pode trocar de roupa tranquilamente.

Enquanto ninguém olhava, dançamos Waka Waka em um canto porque sim
Entramos em um pequeno barco a motor. Disseram-nos para colocar nossos pertences, inclusive celulares, dentro de um saco plástico. Dessa forma, nossas fotos foram só com a Xiaomi Yi (também conhecida como GoPobre). Já lá perto da saída, em alguns piers, havia algumas foquinhas fofinhas, o que nos foi uma alegria. Claro, isso até o barco, após uma pequena jornada por volta dos montes que circundam a Hout Bay, nos levar até o local onde encontraríamos centenas de focas.

Não posso nem dizer “ah, nunca vi tanta foca em um lugar só” porque era uma das primeiras vezes que eu via focas. Mas, caraca, eram muitas. A maioria delas bem lerdas deitadas sobre as pedras, mas várias sob o mar, mergulhando, felizes.

Se elas mergulhavam, haveríamos de fazer o mesmo, né? Botamos os snorkels e, com coragem, pulamos na água. Gelada que até doía a alma, mas partiu snorkeling com elas. E não é que as bichinhas são tipo.. extremamente fofas? 
E brincalhonas! “É natural delas, por serem mamíferos, que gostem de brincar. Ficam nadando simplesmente por diversão”, explicou uma das moças do tour. Se eu fosse comparar as focas com algum animal terrestre, definitivamente seria com os cães. São iguais. Interagem com os humanos, vão de lá pra cá e bem rápido, tudo por mera diversão ou por necessidade de atenção. Dada a hiperatividade delas, eu diria que se parecem com pischers, haha!
É um passeio muito bom e 100% recomendado.
Infelizmente, a água é muito gelada e tanto eu quanto a Liliam precisamos subir em algum momento para sair um pouco dela. Assim que o passeio termina, eles pegam uma garrafa de água quente, pedem para que abra um pouco a roupa de neopreno, e jogam o conteúdo por dentro da tua roupa. É uma delícia!
No tour, eles oferecem chocolate quente, e eu resolvi experimentar. Ocorre que chocolate quente, por vezes, não me é uma boa ideia devido a suas consequências em meu corpo, e isso somado ao balançar do barco deixou-me um pouco enjoado e deu-me uma baita de uma vontade de cagar. Não soube lidar com isso. Em uma hipótese fantasiosa em que tiraria a roupa de neoprene no meio da galera, pularia na água e jogaria para fora de mim aquilo que tanto queria sair, é óbvio que o tempo seria uma restrição significativa e não, não daria certo. Concentrei-me e a vontade passou. Ufa. Só sabe o que é desespero quem sofre de revestrés vestido com uma apertada roupa de neoprene.

Dica #4.2: eles recomendam e faz sentido – o barco balança muito, então vale a pena tomar algo contra enjôo antes de ir.

Voltamos para terra firme, trocamos as roupas. Eles tinham toalhas então foi tudo tranquilo.
Emprestaram-nos roupões de banho de focas, risos.
No caminho até um restaurante, vimos algumas feirinhas e nela compramos, para mim, uma roupa ao estilo africano que vesti na hora e que eu simplesmente adoro, mas que teria um destino não muito agradável logo mais.

Almoço no The Wharfside Grill

Almoçamos no The Wharfside Grill, um restaurante no Mariner’s Wharf com um estilo de restaurante de piratas e com uma visão da praia muito boa – o que nos fez escolher um lugar no lado de fora, pois, além de ser muito bonito o exterior, não se podia tirar fotos no interior, que era igualmente belo!

Pedimos um Kingflip Fillet para nós dois. Muito delícia.
Ah, Liliam pegou um suco e detestou. Fica a dica, África do Sul só tem suco ruim. Então ela pediu uma Coca-Cola, pois não teria erro!
A visão do da parte de fora.

World of Birds

Chamamos um Uber e partimos para o World of Birds, que é o maior parque de aves da África do Sul. Tenho dificuldades de falar sobre esses lugares, pois prefiro as aves voando felizes por aí e não sou lá muito entusiasta, mas enfim.

O parque é basicamente uma sequência de ambientes relativamente amplos por que você passa e as aves estão lá no meio. Dessa forma, você consegue chegar bem perto. A diversidade de espécies é bem grande e você vai ver de tudo um pouco, até animais típicos brasileiros como a Arara Azul e Amarela, que, para nós é comum, mas para eles nem tanto.
Não escondo que minhas aves favoritas, além das galinhas, que são muito engraçadas e desconfiadas, além de fofocarem entre si, o que faz delas animais que me despertam enorme interesse, são as corujas, e pudemos ver várias do tipo lá.

Como havíamos visitado o Parque das Aves em Foz do Iguaçu anteriormente, que é lindo de morrer, eu pessoalmente achei esse parque bem mais fraco e com os ambientes bem menores e menos bem cuidados. Questão de expectativa.

Coisa engraçada foi que, enquanto andávamos pelo lugar, como o Neo de Matrix, a Liliam se inclinou para atrás, desviando de teias enormes de aranhas, evitando uma morte brutal por asfixia ao ser enrolada brutalmente nelas, tal como Frodo Baggins, em sua jornada para queimar o anel. 

Ironicamente, o que eu mais gostei foi de um ambiente com macaquinhos. Novamente, você entra e eles estão pulando pelas árvores e escalando as grades. Levei um belo de um susto porque, do nada, um deles pulou em cima de mim. Logo após, subiram na Liliam também. Tiramos fotos que nem uns bobos! O engraçado é que o que havia subido em cima de mim estava quase abrindo com sucesso a minha mochila em busca de alguma comida. Eles são muito espertos! Mas eu tava tão feliz que deixava eles ficarem mesmo assim.

De repente, não mais que de repente, começo a sentir minhas costas meio úmidas. Sim. Isso mesmo que você está pensando. O macaquinho mijou nas minhas costas! Ugh, que nojo. Na roupa recém comprada, novinha em folha! Atravessei o Oceano Atlântico para ver um macaco que viria a marcar território em mim. Essa foi de matar.

Não que tenha sido o suficiente para me fazer perder a simpatia pelos macacos. Eles são muito legais!
Fui no banheiro e me troquei para a roupa anterior.

Two Oceans Aquarium

Porque a Liliam queria desesperadamente visitar, também, o Two Oceans Aquarium, que fica no V&A Waterfront, fomos, né?

Na entrada, eles nos marcam com um carimbo que é bem massa, não falo nada.

Surpresa! O Aquário é muito massa. Tem inúmeras seções com vários tipos de seres vivos aquáticos. Alguns acho interessante ressaltar:
  • Um cilindro cheio de nemos em que você pode entrar por baixo e tirar uma foto.
  • Um tanque com uns corais em que é possível tocar em algumas vidas marítimas;
  • Um tubo com teto de aquário;
  • Ovos de tubarões vivos;
  • Uma parede enorme que dá em um tanque cheio de animais, inclusive tartaruga gigante!
  • Uma sala escura com cilíndros coloridos com águas vivas.
  • Uma sala gelada com pinguins.

Watershed

Assim que saímos do Aquário, fomos até o Watershed, que fica ao lado. É uma galeria com itens de design, roupas e artesanato típicos da África. Muita coisa boa para comprar. Foi lá que compramos uma roupa ao estilo africano para a Liliam, já que eu tinha comprado a minha na Hout Bay (que estava mijada, claro, mas nada que uma boa lavada não a ajeitasse). Ótimo lugar para comprar lembrancinhas, também.

Mama Africa

Por fim, para fechar o dia, pegamos um Uber para a Long Street e visitamos o típico restaurante Mama África. É necessário reservar com antecedência porque o lugar bomba. É bem interessante porque, além da decoração, a música também é tradicional do continente, então uma boa ideia dela se pode obter lá. Também a comida é típica: experimentamos um prato “Wild Game”, em que pudemos degustar carnes de crocodilo, avestruz, mola, kudu e de veado em uma tacada só.

Lembra-se de que disse para assistir à abertura de O Rei Leão só pra saber o que você vai comer? Pois é.
Fomos também em um conjunto de lojas artesanais na frente do Mama África, onde compramos algumas lembrancinhas, dentre as quais animais feitos de miçanga (olá pessoal das humanas, estamos aí para ajudar vocês) e um ovo de avestruz enfeitado com o mapa da África.