O que fazer na Chapada dos Veadeiros, que cachoeiras conhecer, onde ficar? Excelente ecoturismo por lugares como o Parque Nacional, Vale da Lua, Loquinhas, Santa Bárbara e Almécegas II, dentre outros.

Pra dar uma boa energizada, que tal uma cachoeira? Em meio a um clima seco, às vezes mais seco do que o de um deserto, capaz de fazer os seus lábios ficarem mais rachados do que a falha de San Andreas, os habitantes de Goiás são agraciados com inúmeros destinos de ecoturismo, dentre os quais a Chapada dos Veadeiros. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é composto por rochas de bilhões de anos, e restantes de culturas antigas de mineração. Patrimônio Mundial pela UNESCO, são 65.514 hectares do que chamam de cerrado de altitude. Massa, sim ou sim?

Quem mora em Brasília já tem aquele destino marcado em feriadões ou em finais de semana especiais: pegar a estrada para Alto Paraíso, a cidade que serve de portal para a Chapada, e curtir uma cachu. Pra se livrar do calor capetônico que assola a região em grande parte do ano, as águas geladérrimas se encaixam bem. Foi o que fizemos já 3x! São 242km da capital brasileira, cerca de 3h de carro.

A propósito, os colegas do Piña Blog também fizeram um post sobre a última visita à Chapada, e vocês podem acessá-lo aqui. Vejam também a visão deles dos fatos 🙂

Tem também o vídeo acima que fala sobre cada uma das cachoeiras citadas aqui no vídeo (exceto as de São João d’Aliança). Há um foco maior nas cachoeiras do Parque Nacional. É um vídeo muito dinâmico e divertido, e bem denso. Acessem!

Índice

Este post terá o seguinte conteúdo. Caso queira pular para o conteúdo em questão, basta clicar que irá diretamente para ele!

Guia de Viagem

Vale a pena visitar a Chapada dos Veadeiros?

Céu estrelado em Alto Paraíso de Goiás.
O objetivo na última visita à Chapada era tirar foto de estrelas. Conseguimos!
Se morar em Goiás ou no DF, a resposta é: a não ser que odeie cachoeiras, você deve visitá-la. É uma obrigação moral de conhecer uma reserva natural tão bonita.
Se você mora longe, vale a pena, sim. Pegue uma passagem para Brasília, gaste uns dois dias conhecendo a capital do país, tão famosa pela arquitetura única de Oscar Niemeyer, e parta para a Chapada dos Veadeiros. O pitoresco e o místico esperam por quem visita o lugar.

Como chegar?

Botas que já percorreram quatro continentes.
As botas da Liliam, que já percorreram quatro continentes.
De Brasília, 424km, 3h de carro.

Dica: Não deixe de baixar os mapas no Google Maps da região, pois as chances são grandes de ficar sem sinal de internet 3g.

Onde se hospedar?

Descansando na Casa África, em Alto Paraíso.
Descansando na Casa África, em Alto Paraíso.
Você pode se hospedar em pousadas ou hoteis fazenda ao redor da Chapada, bem como em fazendas do Airbnb, caso queiram uma experiência mais natureza. Basta pesquisar. No entanto, pode ficar em cidades mesmo. São quatro que ficam em volta da Chapada dos Veadeiros.
  1. São João d’Aliança: é a primeira cidade na Chapada dos Veadeiros quando se vem de Brasília. Tem até uma plaquinha brilhante dizendo “bem vindos!”. Normalmente as pessoas ignoram, mas ali existem duas grandes pérolas escondidas na Chapada dos Veadeiros: a Bocaina do Farias e a Cachoeira do Label. E vale a pena ficar lá, também!
  2. Alto Paraíso de Goiás: é a cidade com melhor infraestrutura das três, o que não significa muito, mas é algo. Vias asfaltadas, boa oferta de hoteis e campings para todos os gostos e bolsos, e também com uma rua principal movimentada e com muitos restaurantes. É bem perto do Parque e de várias cachoeiras boas, como Almécegas II, Lokinhas e Vale da Lua. Ah, quem quiser também se proteger contra um possível apocalipse causado por invasão de alienígenas, saiba que a cidade possui estrutura espiritual para garantir a sua sobrevivência.
  3. São Jorge: cidade com infraestrutura simples. A via para chegar até ela é toda asfaltada e, quando fomos, estava ótima, porém a cidade em si é toda com estrada de terra. Passa carro e sobe um poeirão de que a Ivete Sangalo estaria orgulhosa. Também é grande a oferta de pousadas, campings e restaurantes muito agradáveis! Para quem quiser uma experiência mais rústica e rural, é este o lugar. Fica do ladinho do Vale da Lua. Nos últimos tempos, São Jorge tem se destacado com relação às outras cidades, pois suas pousadas estão uma graça e os restaurantes super “fofinhos” e com comida boa! Compensa ficar lá!
  4. Cavalcante: Essa é mais afastada, fica a 2h de Alto Paraíso. A infraestrutura é mediana: estradas asfaltadas, mas sem uma rua principal com restaurantes. A principal vantagem de se hospedar ali é pela proximidade da Comunidade Quilombola Kalunga, onde fica a cachoeira Santa Bárbara, famosa por sua água azul turquesa. Dado que, para chegar na cachoeira ao meio dia, que é o momento em que ela fica mais bonita, é necessário chegar cedo, estar hospedado em Cavalcante já deve ajudar muito para quem é parente do Seu Madruga e não gosta muito de acordar com as galinhas.
Alienígenas do Chappada Hotel.
As nossas hospedagens foram três em Alto Paraíso, e uma em São Jorge.
  • Junho de 2014: ficamos no Chappada Hotel. É grande, quartos confortáveis, com bom café da manhã (para nossos padrões) e com um monte de bonecos de alienígenas por todos os cantos e vestidos de tudo quanto é tipo! Deu para tirar altas fotos! Haha. Recomendamos, se houver vaga. Reservar com antecedência.
  • Abril de 2017: alugamos uma suíte externa em uma fazenda no Airbnb, a suíte da “Casa Indaiá”. É muito boa, relativamente perto do centro, mas ao mesmo tempo suficientemente afastada, com ar condicionado e tudo mais. O melhor é o céu estrelado, caso seja época de lua nova e não tenha nuvens. É espetacular! Pena que, nessa época, só pegamos chuva e não deu para aproveitar nada. Alugando essa suíte, você não tem acesso ao restante da casa, somente à suíte, o que serve muito bem.
  • Setembro de 2017: voltamos para a mesma fazenda com um grupo de amigos do Piña Blog, pois adoramos o lugar e queríamos tirar fotos do céu estrelado. Dessa vez, alugamos a “Casa da África” inteira. É um ótimo lugar para se ter uma experiência bem calma e aconchegante ao mesmo tempo.
  • Setembro de 2018: essa foi a vez mais diferente, pois ficamos em São João d’Aliança, e fomos com dois amigos, Dani e André. Ficamos em um chalé na lindíssima Pousada Rebendoleng, uma ecopousada mantida por dois anfitriões maravilhosos, o Seu Geraldo e a Dona Marlene. São três chalés disponíveis e uma área de camping. Ela oferece café da manhã, incluso, e uma janta, à parte, que é uma delícia. Para reservar um chalé lá, é necessário falar com eles via whatsapp, e o pagamento será em dinheiro. O contato é +55 62 9669-4729.
  • Janeiro de 2019: dessa vez, ficamos no Valle das Pedras, que fica a 5km (de terra) de São Jorge, ou seja, pertinho. Alugamos por meio do Airbnb, e o anúncio foi Suíte Simples de Casal 02 Valle das Pedras. Era, como o nome diz, uma suíte bem simplesinha, com uma cama e um banheiro. Do lado de fora, uma mesa, onde fizemos uns lanches (que levamos), uma rede, em que dava vontade de ficar o dia inteiro, e uma cadeira pendurada. Sem frigobar. Tem outras opções de chalés com cozinha e geladeira. Só conferir no perfil deles do Airbnb. Uma vantagem de ficar nesse lugar é que tínhamos livre acesso às cachoeiras e à prainha do Valle das Pedras. Assim, de nosso chalé, com 2 minutos de caminhada apenas já estávamos em uma cachoeira, o que era ótimo pra relaxar num fim do dia. Adoramos!
Nascer do Sol em Alto Paraíso.
Visão do nascer do Sol na Casa da África, em Alto Paraíso.

Quando ir? Como é o clima?

Um mirante na trilha para a cachoeira Almécegas II.
Um mirante na trilha para a cachoeira Almécegas II.
Recomenda-se ir entre os meses de maio e setembro, que correspondem ao período da seca no Centro-Oeste. Algumas cachoeiras, como a Lokinhas, só são bonitas em períodos úmidos, porém ir em época de períodos de chuvas frequentes é um grande risco de não se ter nada para fazer. Primeiro porque as águas cristalinas de algumas cachoeiras ficam cheias de barro. Segundo por causa do perigo de tromba d’água. Elas chegam em questão de instantes e nem precisa estar chovendo no local propriamente dito – então podem pegar de surpresa e serem fatais. Infelizmente, na época da seca não se pega a vegetação verdinha como ela deveria ser, mas é melhor isso do que se arriscar.
Portanto, de maio a setembro, OK? Na última semana de setembro já começa a chuva, e tem sido assim desde sempre.

Internet? Como é?

Pôr-do-sol na Chapada dos Veadeiros.
Pedindo aos céus que venha uma internet boa!
Se você tiver TIM, existe alguma cobertura. Já vimos que nem Claro e nem Vivo pegam absolutamente nada. Alguns restaurantes em Alto Paraíso possuem Wi-Fi, e é só. Por via das dúvidas e para não entrar em cilada, baixe os mapas para visualização offline no Google Maps, ou então recorra aos mapas físicos para uma experiência vintage.

Dinheiro ou cartão?

Vista do Mirante Nova Aurora, em Cavalcante, Goiás.
Vista do Mirante Nova Aurora, em Cavalcante, Goiás.
Alguns restaurantes aceitam cartão, mas as cachoeiras somente aceitam dinheiro, até porque ficam no meio do mato e ainda não inventaram internet que se transmite pelos rios. Existe Banco 24h na cidade de Alto Paraíso, mas não dê mole: saque dinheiro com antecedência e leve. Pense por cima em 20 reais por entrada de cachoeira.

Quanto tempo ficar?

Lago na Chapada dos Veadeiros.
Um lindo lago em algum lugar. Não me lembro onde era, já faz tempo! Haha!
Ao gosto do freguês. 2 dias. Uma semana. Depende de quantas cachoeiras quer fazer e que disposição tem para as trilhas.

Que negócio é esse de alienígenas?

Disco voador na frente do Chappada Hotel.
Disco voador na frente do Chappada Hotel.
Assim que entrar em Alto Paraíso, há de notar que a cidade possui um pórtico em formato de nave espacial. Entrando na cidade, irá perceber uma nave espacial colorida piscando, com bonecos de alienígenas verdes na porta, e verá que uma pousada. Lojinhas contendo souvenirs de ETs e de pedras mágicas energizadoras. Mais uma pousada: cada casinha é em formato de nave espacial. As praças possuem nomes de elementos: praça do fogo, do vento, da água, do coração.
Primeira coisa que se pensa é: que tipo de toddyinho estragado esse povo fuma? Pois, devido a grande quantidade de quartzo na região, sempre foi tudo tratado com muito misticismo. Acredita-se, realmente, que lá é um lugar para se ter contato com os alienígenas. É o que juram muitos habitantes com os pés juntos. E não é zoeira não. Fale com alguns deles em lojinhas e notará: a coisa é séria!
Pois então refugie-se até as colinas e defenda-se dos aliens em Alto Paraíso de Goiás!

Preciso de uma 4×4?

Pôr-do-sol na rodovia entre Alto Paraíso e São Jorge.
Na rodovia entre Alto Paraíso e São Jorge.
Para as cachoeiras deste roteiro, não precisa de uma 4×4, mas nós temos um carro esportivo, o que serviu relativamente bem. Vale lembrar que é muita estrada de terra, o que pode significar muito buraco, o que pode danificar o seu carro caso ele seja muito baixinho.

Uma única ressalva se faz à estrada de terra da Cachoeira do Label. Nela, seria desejável ter uma 4×4, mas, com paciência e amigos para empurrar o carro, você conseguirá passar pelos lugares.

Agora, vamos falar sobre as cachoeiras em si!

Cachoeiras que Visitamos

Cachoeiras próximas de São Jorge

Trilha dos Saltos no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Visitamos em: Janeiro de 2019
Entrada: gratuita
Trilha: difícil (10km de extensão, com desnível de 300m). Pode ser completada em 6 a 8h.
Cidade mais próxima: São Jorge

É a trilha principal do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, e te leva a dois saltos belíssimos, que não têm nome, e são identificados como Salto de 120m e Salto de 80m.

Vale do Rio Preto. É lindo até demais. As fotos não mostram a grandiosidade!

A trilha possui uma longa passagem pela paisagem típica do cerrado, com suas árvores retorcidas e preservadas em seu estado original. Em um determinado momento ela se divide em duas: de um lado, se vai para o Vale do Rio Preto, onde se vê os saltos propriamente ditos; de outro, se vai para uma área de corredeiras.

Este é o Salto de 120m. Você apenas o v
Este é o Salto de 80m. Não dá pra chegar perto, mas dá pra banhar no rio à frente dele.

Na primeira, o Salto de 120m, não se pode entrar, é apenas para contemplação. Já a segunda, o Salto de 80m, possui área de banho, embora não se possa chegar perto, pois existe grande risco de afogamento.

No caminho desses saltos, você também tem a vista que, pra mim, é a melhor da Chapada dos Veadeiros, sem dúvidas! É a vista no mirante do Vale do Rio Preto, que é o grande cartão-postal do parque.

Carrossel ao lado. Uma trilha com ponte de madeira. Achamos lindo!
A visão do Carrossel.

Após os dois saltos, voltamos na trilha até o ponto onde ela se divide, e fomos para as corredeiras. Ela tem duas paradas. A primeira é o carrossel. E, não, não saímos de um parque de natureza para um parque de diversões! O carrossel é uma série de quedas que fazem curvas. Tem um mirante legal, mas só dá pra descer na época da seca. A segunda parada são as corredeiras em si. A força da água é bem forte, então, se for entrar, melhor saber nadar.

Então, existe uma trilha de volta até a portaria.

Atenção: existe um limite de 750 pessoas no parque. Então, caso seja feriado ou alta temporada, chegue cedo. Houve dias em que as fichas, distribuídas ao chegar, acabaram em 30 minutos.

Essa trilha é de tirar o fôlego!
Sempre bom entrar em contato com a natureza!

Trilha dos Cânions no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Visitamos em: Janeiro de 2019.
Entrada: gratuita
Trilha: médio/difícil (11km no total)
Cidade mais próxima: São Jorge

É mais uma trilha no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. É mais simples e também mais fácil do que a Trilha dos Saltos.

Liliam posando para uma foto no caminho da trilha… E aproveitando para relaxar, haha!
Uma ponte no caminho até os Cânions.

Ela consiste em inicialmente aproximadamente 3km de trilha (6km ida e volta) praticamente plana e sem muitos atrativos, ao menos na minha opinião. A partir de um certo ponto, ela se subdivide em dois. Uma vai para o Cânion I, ou Carioquinhas, e o outro vai pro Cânion II.

No caminho do Cânion I, uma descida bruta!
Liliam pleníssima fazendo Yoga em uma pedra que ela julgou ser perfeita para esse propósito. Haha!

Ambos os Cânions são lindos, mas só banhamos no Cânion I, pois, assim que chegamos no Cânion II, começou uma chuva forte, e o risco de tromba d’água era forte. Optamos por não arriscar nossas vidas e voltamos na trilha.

Atenção: existe um limite de 750 pessoas no parque. Então, caso seja feriado ou alta temporada, chegue cedo. Houve dias em que as fichas, distribuídas ao chegar, acabaram em 30 minutos.

Vale da Lua

Vale da Lua, na Chapada dos Veadeiros.
Liliam sentada em uma das pedras do Vale da Lua.
Visitamos em: Junho de 2014 e Setembro de 2017
Recomendamos em: qualquer uma dessas épocas
Trilha: fácil (600m)
Entrada: R$20
Cidade mais próxima: São Jorge
Se a vibe espacial já é forte na região, imagina quando você chega em um lugar chamado Vale da Lua. Entender o porquê de ser chamada assim é um tanto óbvio ao ver uma imagem do lugar: as formações rochosas cavadas lembram as crateras lunares.

Próximo de uma cachoeira no Vale da Lua. Somente surge esse lugar na época da seca.
Próximo de uma cachoeira no Vale da Lua. Esse lugar somente surge esse lugar na época da seca.

As águas do rio São Miguel que passam pelas pedras são bem transparentes. Se o sol estiver incidindo sobre elas, dá pra nadar nos poços muito bem, dada a boa visibilidade. O importante é tomar cuidado na hora de subir, pois pode bater a cabeça em alguma pedra.

Agora, pensa numa água gelada. Multiplica por um fator considerável e vai entender como é a água do local. Acho que gelada é apelido. Tem que ligar um aquecedor pesado naquelas águas para que se possa chamá-las de geladas. Era como se mil espadas atravessassem o corpo.

Em um dia no Vale da Lua em que estava bem vazio e agradável!
Em um dia no Vale da Lua em que estava bem vazio e agradável!

Dica: entrar de corpo e alma logo nas águas antes que desista. Mas, claro, não pule, a não ser que queira se machucar muito ou acontecer algo bem pior.

Água bem transparente no Vale da Lua.
Água bem transparente!
Fomos em duas épocas: uma num junho e outra num setembro. Foi interessante ver como o lugar estava diferente. Em junho, os poços ainda estão cheios devido à época da chuva, então são muito fundos. Em setembro, por conta da seca, os poços estão mais vazios, ainda que fundos, e dá para, inclusive, chegar no final. Além disso, alguns pontos entre as pedras se revelam e acaba tendo mais lugares para explorar. De todo modo, qualquer época há de ser aproveitável. O importante é visitar esse lugar muito massa!

A trilha até o Vale da Lua é fotogênica!

Curiosidade: foi nesse lugar em que Paolla Oliveira gravou cenas pelada pelada nua com a mão no bolso de sua personagem Danny Bond na minissérie “Felizes Para Sempre?”. A cena pode ser vista aqui.

Valle das Pedras

Visitamos em: Janeiro de 2018.
Entrada: 
R$15,00
Trilha: fácil/médio
Cidade mais próxima: São Jorge

O Valle das Pedras foi a atração em que nos hospedamos em Janeiro de 2018, então tínhamos livre acesso a suas cachoeiras. Mas qualquer um pode visitar.

São dois caminhos possíveis. Um bem curtinho que leva a uma “prainha” de rio, lugar super agradável onde há uma corredeira d’água e o que eu mais curti: um balanço em uma árvore. Super bonitinho.

Liliam na Prainha
Aproveitando o balanço.

O outro é mais longo, e leva a uma série de 7 poços com pequenas cachoeiras, e também ao Valle das Pedras.

Liliam no primeiro poço.
Eu no primeiro poço, com uma foto que tirei com o drone!

O primeiro poço vem logo após uma caminhada de menos de 2 minutos. É bem rasinho e, se o sol estiver incidindo sobre ele, as águas serão cristalinas e com alguns peixinhos.

Escadinha bonita que você sobe na trilha.
As vistas lá de cima são belas!

Logo depois, após uma subida, tem mais poços, mas o mais relevante é o 5°, que é o do vale das pedras em si. E é muito bonito! O próprio nome do lugar o descreve bem: um rio que passa no meio de uma depressão formada de pedras. É belíssimo e, não se preocupe, você não vai ficar deprimido!

Este é o vale das pedras em si.

Caminhando mais um pouco, é possível chegar até o 7° poço, que olhando é bem simples e não muito bonito, mas tem uma corredeira d’água bem rasa com umas pedras, e é uma delícia deitar ali!

Liliam apreciando a massagem natural, haha!
Bela paisagem!

A água faz uma massagem natural no teu corpo todo. Muito bom!

Botinhas guerreiras no último poço.

Cachoeiras próximas de Alto Paraíso

Cachoeira dos Cristais

Cachoeira dos Cristais, em Alto Paraíso, Goiás.
Cachoeira dos Cristais, em Alto Paraíso, Goiás.
Visitamos em: Junho de 2014
Trilha: fácil, porém íngreme (800m)
Cidade mais próxima: Alto Paraíso
A Cachoeira dos Cristais foi primeira cachoeira que visitamos. Assim que chegamos em Alto Paraíso, após sair de Brasília após o almoço, chegamos e ainda era dia, próximo do entardecer, então decidimos visitar essa por ser bem próxima da cidade. A trilha não é muito grande, então é perfeita para essa situação!
Ela é conhecida pela água cristalina de seu poço, que não é muito fundo e, portanto, não apresenta muito perigo. Porém, quando fomos, já era o entardecer, então a água estava normal. A cachoeira, de toda forma, é boa, e valeu para já entrar em contato com a natureza.
Ah, lá também há um camping. Lembro-me bem de ter visto um pula-pula dando mole. Deitamos nele e ficamos observando o céu. Primeiro contato com o céu estrelado do meio do mato, bom demais!

Almécegas II

Visitamos em: Junho de 2014
Trilha: fácil (1km)
Entrada: R$30
Cidade mais próxima: Alto Paraíso

Cachoeiras bem agradáveis da Almégecas II.
Cachoeiras bem agradáveis da Almégecas II.
O complexo a que pertence a Almécegas II contém três cachoeiras: São Bento, Almécegas I e a Almégecas II propriamente dita. A entrada dá direito a visitar as três. Contudo, por falta de tempo, apenas visitamos a Almégecas II mesmo.
O pontinho lá no fundo sou eu, haha!
O pontinho lá no fundo sou eu, haha!

Foi uma cachoeira que me agradou muito por dois motivos. Primeiro, o seu aspecto mais horizontal. Quedas pequenas em que você pode ficar simplesmente relaxando, o que é ótimo para um final de tarde. E segundo porque possui um poço com uma parte rasa e cheia de peixinhos, onde pudemos tirar fotos muito boas!

Muitos peixinhos na Almégecas II!
Muitos peixinhos na Almégecas II!

O grande problema foi a lembrança trágica do meu celular na época, o Sony Xperia Z1, amplamente divulgado na época como o celular para tirar foto embaixo d’água. É verdade, mas as portinhas da saída de energia devem estar devidamente vedadas. Ocorre que eu deixei cair o celular na queda d’água. Fui só observando o bichinho rolando em câmera lenta, abrindo todas as suas comportas e, por fim, caindo na água. Sofri. Sim, chorei copiosamente por 3 dias e 3 noites pelo bem material que havia acabado de comprar há alguns meses. Tentei executar procedimentos de ressurreição no hotel com um secador de cabelo. Tudo em vão. Requiescant in pace. As fotos, pelo menos, ficaram legais.

Lokinhas ou Loquinhas

Água mega transparente na Lokinhas!
Água mega transparente!
Visitamos em: Junho de 2014 e Abril de 2017.
Recomendamos em: Junho de 2014.
Trilha: superfácil (construída com pontes)
Cidade mais próxima: Alto Paraíso
As Lokinhas são poços inacreditavelmente transparentes e com muitas plantinhas no fundo e ao redor. As cachoeiras são bem simples, mas os poços relativamente fundos são fenomenais. Pra quem estiver procurando uma cachoeira bem tranquila e acessível, essa é uma excelente opção, inclusive para levar crianças. Isso porque a trilha é quase toda formada por pontes de madeira que foram construídas ali, ou seja, dificuldade praticamente zero. Consequentemente, por conta da infraestrutura, ela é mais cara do que as outras, mas vale a pena.

Importante: visitar próximo do meio-dia, para que o sol incida diretamente nos poços, deixando-os transparentes.

Trilha da cachoeira na Lokinhas é quase toda em pontes.
Trilha da cachoeira quase toda em pontes.
Quanto à época, fomos em Junho e em Abril. Em Junho ela estava perfeita e é a época que recomendamos. Já em Abril, choveu muito e, por conta disso, os sedimentos dos poços se espalharam, e, por isso, não estavam transparentes. Foi a maior decepção, nem parecia o mesmo lugar fantástico que visitamos anteriormente. Sabemos também que não vale a pena visitar no final da época da seca, ou seja, por meados de setembro, pois, nesse tempo, os poços ficam muito vazios. OU seja, recomendamos Junho.

Transparência das cachoeiras Lokinhas, em Alto Paraíso.
Boa para boiar!

Poço Encantado

Poço Encantado, na Chapada dos Veadeiros.
Poço Encantado, na Chapada dos Veadeiros.
Visitamos em: Abril de 2017.
Trilha: fácil (200m)
Entrada: R$20
Cidade mais próxima: Alto Paraíso
O Poço Encantado é uma boa cachoeira para dar aquela parada por conta da trilha fácil e das quedas que são bem grandes. Também é uma boa opção para quem curte um SUP, ou Stand-up Paddle, lá, quando fomos, eles ofereciam as pranchas. Oferecem, também, um restaurante com uma boa infraestrutura, e com uma bela visão da cachoeira (não comemos, mas parecia ótimo).

Cachoeira do Poço Encantado. Estava com bastante água porque era época de chuva.
Cachoeira do Poço Encantado. Estava com bastante água porque era época de chuva.
Quando fomos era época de chuva. Estava muito perigoso e tinha muita água. Não recomendamos.
Toda cachoeira tem que ter alguma lambança minha. Comprei óculos que boiam na água para a viagem da Tailândia, pensando: “se eu deixar cair no mar, vou poder resgatar”. Resultado: não deixei cair no mar nenhuma vez. Levei esses mesmos óculos para a Chapada. Estava atravessando uma ponte dessa cachoeira quando me desequilibrei e os óculos caíram no rio que passava lá. Lindamente, observei-os indo embora, boiando. Só eu mesmo, haha!
Ironicamente, nos divertimos horrores em uma bica.

Cachoeiras próximas de Cavalcante

Cachoeira Santa Bárbara

O azul turquesa da Cachoeira Santa Bárbara, em Cavalcante, Goiás.
O azul turquesa da Cachoeira Santa Bárbara.
Visitamos em: Abril de 2017 Setembro de 2017
Recomendamos: nessa época mesmo.
Cidade mais próxima: Cavalcante
Essa é uma das mais visadas por conta de seu poço em formato de azul turquesa. A Cachoeira Santa Bárbara é realmente linda e faz muito sentido: escondida em meio a um lugar com vegetação densa e um paredão de pedra, por onde cai uma cachoeira, a água é de uma cor muito distinta. Tem, também, areia no fundo, e, na época em que fomos, que foi a da seca, até chegava a dar pé, para aqueles que não sabem nadar ou têm medo é uma boa.
A trilha é um pouco longa e, em grande parte, sem muitas árvores, em um lugar bem aberto mesmo. Numa época com sol de rachar, torna-se um pouco cansativa, mas o destino final vale muito a pena.

A belíssima Cachoeira Santa Bárbara, em Calvalcante. Essa foto foi tirada pelo Neuton!
Ela fica próxima à cidade de Cavalcante, que fica a 2h de carro de Alto Paraíso. Fica em uma comunidade quilombola, a Kalunga. Ela é bem carente mesmo e que sobrevive do turismo da região. Por isso, somente pode ser acessada com guias, e não por serem as trilhas difíceis, é só porque eles são muito dependentes disso. Pra se ter ideia, a nossa guia, simples e simpática como ela era, trabalhava com isso há 10 anos, quase todos os dias.

Dica: para melhor apreciação, é importante chegar lá na cachoeira ao meio-dia, pois, assim como outras, a sua cor e sua transparência se intensificam com o sol incidindo nelas. Para conseguir chegar lá no meio-dia, é importante estar na porta às 11h, no mínimo, caso seja dia de semana; ou ainda mais cedo, caso seja no final de semana, pois, nesse caso, a cachoeira lota.

A quantidade de pessoas que podem ficar lá na cachoeira é limitada e o tempo também. Portanto, aproveitem o momento!

Fomos duas vezes. Uma em Abril de 2017, mas essa foi trágica. Depois de horas para chegar lá, o céu todo aberto e lindo, assim que chegamos na porta caiu um toró respeitável, daqueles de deixar tudo com lama por todo lado, uma tristeza só. Decidimos dar meia volta e nem entramos. Frustrados com isso, decidimos voltar em Setembro de 2017. O problema é que era um final de semana e nos programamos para chegar às 11h da manhã. Infelizmente, a lotação estava cheia e não conseguimos entrar ao meio-dia, então aproveitamos a cachoeira pelas 4h da tarde, quando já havia sombra. Mesmo assim, foi ótimo!

Cachoeira das Capivaras

A Cachoeira das Capivaras, em Cavalcante. Muito bonita, cheia de verde e belezas!
A Cachoeira das Capivaras. Muito bonita, cheia de verde e belezas!
Visitamos em: Setembro de 2017
Trilha: média, é um tanto íngreme (600m)
Cidade mais próxima: Cavalcante
Também na comunidade Kalunga, há também a opção da Cachoeira das Capivaras. Nós não chegamos a tempo de conseguir ir na Cachoeira Santa Bárbara, que já estava lotada, então os guias nos levaram para a Cachoeira das Capivaras.

Pedras na Cachoeira das Capivaras.
Pedras na Cachoeira das Capivaras.
Ela possui uma trilha média, porém um tanto íngreme, o que cansa um pouco. Porém é belíssima. O poço é levemente transparente, muito fundo e bom para nadar, e as quedas d’água são grandes e muito bonitas.
Há também, lá, um cânion para ser observado.

Cachoeiras próximas de São João d’Aliança

Bocaina do Farias

Visitamos em: Setembro de 2018
Trilha: difícil e bem cansativa, bastante íngrime
Cidade mais próxima: São João d’Aliança
Precisa de guia? sim, altamente recomendado.

Saímos de nossa pousada, a Pousada Rebendoleng, às 9h da manhã, em direção à uma aventura! Fomos de carro com um guia até um ponto sem marcação alguma e começamos a trilha até a Bocaina do Farias. Na ida, você desce, desce, desce e desce! Isso exige um pouco de cuidado para não escorregar. Tem alguns córregos no caminho, mas o começo é bem tranquilinho. Aprecie sem moderação!

Creepy!
Casa abandonada!

No meio do caminho há uma casa abandonada, típica de um cenário pós-apocalíptico! Parece toda saqueada e com objetos, no mínimo, assustadores!

Depois dela, a descida começa a ficar mais íngreme, mas, de sorte, pessoas do bem instalaram correntinhas pra ajudar! Cuidado! Mas, logo, chega-se na entrada da fenda do Cânion, que é, no mínimo, um fenômeno! A vegetação densa ao redor e o rio passando no meio, é incrível! Trocamos nossos calçados por sandálias impermeáveis, pois, a partir de então, a trilha envolveria partes com água até o joelho, pelo menos! E fomos entrando com muito cuidado.

A entrada da fenda…
… e dentro da fenda da Bocaina do Farias!

Entramos! Uaaau, é incrível lá dentro! É muito alto e a luminosidade vem lááá de cima, tímida! As paredes de pedra ficam ora estreitas e ora largas, fazendo curvas que são uma beleza incrível da natureza! Caem gotículas de água das bordas, que dão um clima único para o ambiente.

E como é grandioso! Você anda até chegar em uma parte que é inundada, então, pra continuar, só a nado, e é bem fundo! Se não souber nadar, leve colete salva-vidas! Mas compensa, porque do outro lado tem uma Cachoeira no meio das pedras. Maravilhosa!

É inacreditável o visual na Bocaina do Farias!

Apreciamos, e, logo, fomos voltando pela fenda, sempre apreciando o que a natureza tem para nos oferecer.

A saída é bela, porque a visão do lado de fora, saindo da caverna, dá a impressão de que estamos saindo de um lugar isolado para conhecer o mundo iluminado pelo sol, como só ele consegue ser!

Nada menos…
… do que incrível!

O guia nos disse que ainda teríamos mais pra descer! Sim, desceríamos mais!

Essa última parte foi definitivamente a mais difícil, e tinha uns belos de uns abismos do lado… eu não quero nem pensar o que aconteceria se escorregasse. Tudo isso pra chegar nessa incrível cachoeira que simplesmente não tem nome! O mais curioso é que lá existe uma nascente de onde sai uma água quentinha, acredita?

Teríamos que descer. Paciência!
O poço lá embaixo compensou!

Fomos apreciando esses últimos momentos nadando felizes, porque, já que a gente desceu, desceu, e desceu, seria hora de subir, subir e subir! E nem cheguei a filmar a gente subindo, porque foi tenso e eu estava preocupado em simplesmente sobreviver! Cheguei mais morto do que vivo lá em cima, mas deu tudo certo!

Cachoeira do Label

Visitamos em: Setembro de 2018
Trilha: médio
Cidade mais próxima: São João d’Aliança
Precisa de guia? não.
Na estrada de terra precisa de 4×4? não, mas é recomendado. Não recomendamos para carros baixinhos, provavelmente ficará atolado.

No dia seguinte, seguimos para a Cachoeira do Label. Na estrada de terra, abrimos as porteiras e seguimos com o carro até por cima de um córrego, seguindo caminho para mais uma trilha, essa mais tranquila do que a anterior: a da Cachoeira do Label!

A trilha até a Cachoeira tem vários poços, porém o melhor é ir até o último, que é o da Cachoeira do Label em si, ainda durante a manhã, pois, depois, o sol vira e não bate mais na cachoeira, e ela meio que perde a graça.

A trilha, ao contrário da outra, é subindo. As primeiras partes são bem tranquilas. Tudo bem sinalizado e sem grandes dificuldades. Algumas cordas estão instaladas para facilitar a trilha, e basta tomar cuidado. São vários poços no caminho, mas passamos direto por todos.

A última parte da trilha tem muitas pedras!
Eu diria que a trilha é divertida!

Porém, no finalzinho, a trilha fica um pouco mais difícil, pois são muitas pedras em meio a água, então você tem que ir passando pelos caminhos, que, às vezes, não são tão triviais. O negócio é parar, olhar e observar para onde ir, e sempre observar onde está pisando, se está molhado ou é escorregadio, e seguir por partes seguras.

Enfim, chegamos na Cachoeira do Label. Ela é a maior queda d’água do Centro-Oeste. Com seus 187m de altura, ganha de outras como Salto do Itiquira ou do Corumbá. Além de ser pra lá de fotogênica, claro!

Vista da Cachoeira do Label ainda da trilha.
Vista da cachoeira do label em seu poço.

Agora a água… Meus caros, é geladíssima! Tipo, de doer os ossos. E quanto mais próximo você chega da cachoeira, mais gelada fica. Tem certeza que não é o Polo Norte isso? Cadê os ice bergs? Prepare-se para bater o queixo!

Voltamos exatamente pelo mesmo caminho, com direito a se prender em cordas para passear pelos lugares! É isso aí.

Poço Ypa Xuru visto de cima.
Poço Ypa Xuru visto de baixo. Que delícia!

Na volta, paramos em um dos poços do caminho, o Poço Ypa Xuru. Sim, ele tem esse nome muito louco mesmo, haha! O poço tem água super cristalina, mas, por ser fim do dia, não tinha tanta luz, então não tinha como perceber. Mesmo assim, foi uma delícia mergulhar ali, e ainda tinham alguns peixes. Com certeza um excelente lugar para terminar esse nosso passeio em São a João d’Aliança. Muito bom!

Fizemos esse vídeo acima sobre a Bocaina do Farias e a Cachoeira do Label. Ele é super animado, bem informativo (tem narração) e fala sobre basicamente tudo o que falamos aqui. Tem vôos de drone legais! Dêem uma olhada, vai empolgá-los a visitar!

Extra 1: Jardim de Maytrea

Liliam observando o Jardim de Maytreia, misterioso como ele é.
Liliam observando o Jardim de Maytreia, misterioso como ele é.
Não deixe sob hipótese alguma de esse lugar, o tal do Jardim de Maytreia. Ficam no meio da rodovia entre Alto Paraíso e São Jorge, em um lugar meio que sem sinalização alguma e nem lugar bom para estacionar, mas vale MUITO a pena porque é bonito demais. Fica, de fato, dentro do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, e, infelizmente, não dá pra entrar, mas dá pra ver por trás da cerca.
Jardins de Maytréia.
Jardins de Maytréia.
A seguir uma história totalmente verídica sobre o lugar:

Era uma vez um jardim que possuía palmeiras plantadas em uma linha reta. Como foram ficar ali, tão simétricas, tão organizadas? A resposta é óbvia: aliens. 👽

Foram eles. Os mesmos que colocaram um monte de pedras sem sentido algum no meio do Reino Unido, ou que construíram pirâmides impossíveis em pleno deserto, isso sem contar as cidades submersas que, provavelmente, não conhecemos. Vindos de galáxias distantes, como Andrômeda, é tudo obra deles, dos parentes do ET Bilú, que, muito sabilmente, devido ao estágio mega avançado de sua civilização, já nos aconselhava: busquem conhecimento. Eles plantaram as palmeiras nos Jardins de Maytrea, na Chapada dos Veadeiros. Elas são um portal. E quem cruzar as cercas que dizem “não ultrapasse” será, por eles, abduzido.

Extra 2: Rio das Almas

Praia de rio do Rio das Almas.
Praia de rio do Rio das Almas.

Esse aqui vale registrar porque é o grau máximo de misticismo que encontramos. Em Abril de 2017, na volta da Cachoeira Santa Bárbara, que não conseguimos visitar poque chovia muito, Liliam viu uma placa de “água de côco” após uma ponte e resolvemos segui-la. Paramos embaixo da ponte, onde havia uma espécie de praia artificial de lago, onde uma galera farofeira estava fazendo churras gratuito. É um lugar bonito, pra falar a verdade, e eu até recomendo visitar se estiver de bobeira. Havia também um camping, e era onde vendiam a água de coco.

"Escalando" parte da ponte no Rio das Almas que foi tomada por uma árvore.
“Escalando” parte da ponte no Rio das Almas que foi tomada por uma árvore.

O cara que nos atendeu era um hippie muito característico. Ele nos deu a água de coco e, enquanto tomávamos, fomos explorar um pouco a área do camping. Tinha uma espécie de oca no meio. Aproximamo-nos dela e o hippie nos falou: “esse é o local onde nós realizamos os rituais”.

O QUÊ? Aí ele começou a contar a história dele, de como ele montou aquele camping após sobreviver a um acidente e se desapegar de tudo o que havia de material. Depois de falar bastante, em um determinado momento ele nos falou: “você sabe o que é xamanismo? Sabe, dos tais xamãs?”. Confesso que a única coisa em que pensei foi no Amidamaru, mas o que ele falou logo a seguir foi o mais surpreendente: “pois você está na frente de um xamã”. E nos convidou para um ritual durante a noite.

Pendurado em parte da ponte no Rio das Almas que foi tomada por uma árvore.
Camboja, é você?

E com essa história terminamos mais um post, diretamente de estação a estação para você!

Ah, e vale lembrar que a Chapada dos Veadeiros é um destino de ecoturismo barato. Quer um guia massa também com foco nisso? Pois visite o post do Viaje com Pouco para um guia massa!
E não se esqueçam de ver o vídeo no topo do post!

Vídeo

Não deixe de ver o nosso vídeo sobre a Chapada dos Veadeiros no Youtube! Acesse já!