Roteiro e dicas de como ir por conta própria para Viña del Mar, Valparaíso e Concón no Chile e passar 2 dias e meio lá. Conheça uma cidade balneário, belas cores e lindas dunas!

Balneário, dunas e casas coloridas

Quando se visita Santiago do Chile, provavelmente uma das recomendações é
sempre fazer um bate-e-volta em Viña del Mar e Valparaíso. Mas já parou
pra pensar que você, se tiver mais tempo, pode ir por conta própria e se hospedar em Viña del
Mar, ao invés de simplesmente passar o dia? Tem muita coisa pra ver pela
região. Então foi o que fizemos. E recomendamos! A não ser que você
fique com medo por causa das placas de tsunami… Se acontecer, corra
pras colinas!

Relaxe. O Chile é preparado para tremores e a
probabilidade é pequena. Só terá de se preocupar em passear pela
charmosa cidade, Viña del Mar, que é uma cidade balneário cheia de
prédios e agradáveis praias de água geladérrima pra doer no osso;
conhecer as cores de Valparaíso, tombada como Patrimônio Cultural da
Humanidade pela UNESCO; e deslizar pelas dunas de Concón, como se
estivesse em Natal. Só não vá pensar que vai entrar na água de boas. É
gelada até a alma, e só com uma boa roupa de neopreno que dá pra
encarar!

Uma rua no meio de um dos cerros de Valparaíso.

Tenha em mente que as três cidades – Viña del Mar,
Valparaíso e Concón – são conurbadas. Não existe espaço entre elas.
Contudo, são bem diferentes entre si e você notará isso.

A
despeito da excelente gastronomia chilena, vale ressaltar que, devido a
restrições financeiras (um silogismo para o fato de que estávamos pobres
e com aproximadamente 17 reais na conta, haha), a gente comeu só coisa
barata e fast food, enquanto comia miojo de café da manhã. Super
saudável e chique. É talharim, gente! Enfim, não teremos dicas de bons
restaurantes.

Além disso, nossa visita foi em 2015 e escrevo
esse post em 2018. Então não nos lembramos de valores, por exemplo, e de
alguns pormenores. Amnésia, a gente se vê por aí. Isso sem contar que
as fotos não são muito boas porque, na época, a gente não ligava muito
pra isso.

Los perros de chile. Coisas que não faltam no país são cães de rua, e eles são lindos. Aparentemente, abandonados 🙁

Primeiro, algumas dicas. Depois, o roteiro! Vamos lá!

Nossa viagem foi feita em outubro de 2015.

Índice

Este post contém o seguinte conteúdo:

Mini-Guia

Quanto tempo ficar?

Chegamos
em Viña del Mar durante uma tarde, dormimos lá 3 noites e voltamos para
Santiago na outra manhã, e acredito que foi o suficiente para conhecer
bem a região. Foram, então, uma tarde, 2 dias inteiros, e uma manhã.

Portanto,
acho que o bate-e-volta de 1 dia, oferecido por várias agências de
turismo, não são o suficiente, enquanto 2 dias hospedados lá te permitem
apreciar melhor o local.

Em nossa visita, não curtimos muito as
praias, pois a temperatura estava na casa do 5ºC a 15ºC. Se for teu
objetivo, então adicione 1 dia. Mesmo no frio. Afinal, é uma delícia
pura cair naquela água geladinha com o lado de fora a 5ºC, não é mesmo?
Bom pra exibir o corpinho de academia e, logo depois, morrer de
hipotermia e não ter mais é corpinho nenhum!

Taca-le pau! Descendo nas Dunas de Concón.

Em que época ir?

Você
pode visitar Viña del Mar durante todo o ano. Contudo, se quiser
aproveitar as praias, opte por ir no verão, ou seja, de Dezembro a
Fevereiro, quando as temperaturas têm média de 20ºC, podendo chegar a
30ºC, e também quando praticamente não há chuvas.

No inverno,
você pode encontrar temperaturas de 5ºC, vento e chuva. Tenha em mente
que as cidades têm várias opções, a maioria delas ao ar livre, então, se
você não gosta de frio, não é a melhor época, mas, também, se já
estiver em Santiago, acho que não pode deixar de visitar a região por
causa disso, nem que seja o bate-e-volta. Vale a pena, sim.

Onde se hospedar?

Recomendamos
hospedar em Viña del Mar, que fica no centro das três cidades, e é a
mais segura delas. Valparaíso é famosa por ser linda e por ter
assaltantes prontos para te roubar.

Em Viña del Mar, opte por ficar próximo ou da Playa los Cañones, ou então da Reñaca.

Logo
perceberá que os hoteis em Viña são o olho da cara. Assim, nós ficamos
em um quarto do Airbnb. O anúncio, se ainda estiver disponível, vocês
podem conferir aqui.
Gostamos porque, embora fosse só um quarto, tinha um banheiro só para a
gente (apesar de que tínhamos de sair do quarto e atravessar o
corredor), e tinha uma visão mara da praia.

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Os prédios na beira do mar de Viña são belos.

Caso queira ficar em um hotel, você pode escolher dentre as opções no mapa abaixo. Escolha as datas no filtro, depois veja os hoteis disponíves e é só clicar para fazer a sua reserva!
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É seguro?

Achamos
super seguro em Viña del Mar e em Concón, mas Valparaíso, pelo bem da
verdade, não é. Os próprios moradores nos orientaram a tomar cuidado ao
nos verem com celular e aparatos de turistas, e disseram que algumas
regiões específicas são perigosas. Então, não recomendamos andar sozinho
por lá. Pegue o Free Walking Tour e siga com eles, e não terá
problemas, pois, assim, passará pelos pontos tranquilos. Não se aventure
de andar sozinho.

Quais são as opções de Free Walking Tour em Valparaíso, então?

Considere
fazer o Free Walking Tour em Valparaíso por questões de segurança.
Apesar do nome, não são exatamente “free”. Você, ao final, terá de dar
gorjeta (em espécie), correspondente ao que achar justo. E pelo menos eu
fiquei meio com vergonha de não pagar o que o resto do pessoal estava
pagando… e, mesmo pobre, gastei um dinheirinho, haha!

São duas opções:

  • Free Tour Valparaíso [site]: tour que sai da Plaza Anibal Pinto.
  • Tour 4 Tips [site]: tour que sai da Plaza Sotomayor.

Nós fizemos o Free Tour Valparaíso.

Como ir?

Quase
todas as agências de turismo oferecem passeio de bate-e-volta em um dia
inteiro, mas, como ficamos hospedados por 3 noites lá, fomos por conta.

E é fácil ir por conta e sem gastar muito. Nós fomos num
esquema bem low budget. Basta descer na estação de metrô Pajaritos e,
logo ao lado, há o Terminal de Ônibus Pajaritos. De lá, você pode pegar o
ônibus para a rodoviária de Viña del Mar. Sai de 20 em 20 minutos,
desde as 7h da manhã até as 22:45. Se quiser, pode comprar com
antecedência no site da Turbus, mas não é
necessário, pode comprar na hora. Recomendo entrar no site apenas para
confirmar os horários de saída do ônibus e ver em quais poderia se
encaixar. Lá em Viña, terá de pegar um táxi, um uber ou então um ônibus
para tua hospedagem.

Isso é no caminho de Santiago a Viña del Mar. Destaque para a pichação: “Prisão aos coorruptos!”

Como se transportar na cidade?

Você pode pegar táxi ou uber.

Contudo,
em se tratando de transporte público, as cidades são bem irrigadas.
Dentro de Viña del Mar, é fácil se locomover de ônibus. De Viña del Mar
para Concón, também é possível pegar um ônibus. Já de Viña del Mar a
Valparaíso, há a opção do metrô.

Outra opção, no caso de Viña del
Mar e Concón, é fazer tours de bicicleta, ou então simplesmente alugar
uma e ir na fé. Nós fizemos um tour noturno por Viña del Mar com a
Bicitours, mas eles têm várias opções para conhecer os pontos principais da cidade.

Roteiro

Dia #0: Chegando e andando na orla da Playa los Cañones

Chegamos
inacreditavelmente exaustos. Desde Brasília, onde moramos, até Viña del
Mar, gastamos cerca de 24h, mas chegamos! Nada digno! Mesmo assim, já
estávamos preparados para aventura, claro!

Deixamos nossas
coisas no quarto do Airbnb e fomos caminhar pela orla da Playa los
Cañones. Olha, bem agradável, arborizada, com pessoas curtindo. Não tem
nada de muito espetacular, não, mas é bonitinha e gostosa de se andar. É
chamada assim porque existem alguns canhões nela, literalmente.

Como estávamos em um Airbnb, precisávamos comprar algumas coisinhas para comer no café da manhã, então fomos num supermercado, então fomos no Líder Viña del Mar. Compramos miojos e afins, mas o que mais nos chamou a atenção foram vinhos comercializados em caixa de papelão, como se fossem leite. E baratíssimos! Ahhh, se fosse assim no Brasil!

Aproveitamos para dar uma rolê em um shopping próximo, o Mall Marina Arauco.

Por
fim, merecido momento de chegar dentro na hospedagem e tomar o famoso
banho da dignidade! Sim, aquele banho que todo viajante merece depois de
uma longa jornada!

Dia #1: Dunas de Concón e SUP/surf na Playa La Boca

Dunas de Concón

Descobrimos
que uma cidade só lado, Concón, tinha dunas, tais como as de Natal,
onde poderíamos brincar, além de apreciar uma paisagem litorânea bacana.

Então, pegamos um ônibus, sua passa na avenida Jorge Montt, na
Playa Cañones, onde estávamos hospedados. Esse ônibus passou bem na
frente das Dunas de Concón, na rua de trás, do lado da cidade, que é por
onde você consegue subir nelas.

Dica: Não se sobe nas ruas pela Avenida Borgoño, que é no lado do mar, mas, sim, pela Avenida Concón Reñaca.

Quando
chega lá, nota que elas são mais altas do que você imagina, e daí vem o
problema primordial: subi-las. Foi a primeira vez que notamos quão
difícil e miserável é subir dunas de areia. Você pisa, pisa, pisa, e
parece que nunca sobe. Como faz?

Na base, há uma banquinha que
aluga pranchas para escorregar. Daí é só subir e se divertir! Lá de
cima, aprecie a paisagem. E escorregue pro lado do mar. Pra escorregar, é
só passar um giz, que elas fornecem, embaixo da prancha, que facilita o
deslizamento. E descer! As dunas são bem íngremes e a velocidade que
pega é das boas.

A impressão que dá é que você vai deslizar para
o abismo que dá no meio do mar e morrer pateticamente, mas, não, tá
tranquilo, tem uma curva que impede isso. Mas, tenha em mente, é alto! E
temos uma fórmula matemática que indica duas grandezas inversamente
proporcionais: a altura de uma duna e a dignidade daquele que deve
escalá-la. Sim! Não é fácil.

Definitivamente um programa ótimo
para fazer logo no começo da viagem e ficar cansado por todo o restante
dela, haha! Brincadeiras à parte, eu recomendo. Não fosse o frio e as
pessoas com mais roupa do que se espera, é uma paisagem meio brasileira,
dá pra se sentir em casa.

Playa la Boca: SUP e Surf

Novamente,
pegamos ônibus na frente das dunas até a Playa la Boca. Almoçamos empanadas chilenas por lá mesmo. A quantidade de restaurantes lá que oferecem as empanadas é enorme, acho que quase todos! Então, escolha qualquer um e seja feliz. E observe as rotas de evacuação de tsunamis, vai que rola algum, né? Hahaha! Medo.

É uma praia com
pedrinhas, e o legal lá é que você pode alugar equipamento para a
prática de SUP, o Stand-up Paddle, ou de Surf.

Para quem não
sabe, Stand-up Paddle é um esporte em que você fica de pé em uma prancha
sobre as águas, sejam marítimas ou lacustres, e utiliza um remo
especial para se mover. A prancha é longa e garante boa estabilidade,
então não é tão difícil, exceto se for como eu, um indivíduo
completamente desprovido de equilíbrio.

Daí, Liliam resolveu
fazer. Vestiu as roupas de neopreno e foi com a sua pranchona de SUP.
Água mega gelada, mesmo com a roupa! Mas acabou desistindo, pois não
conseguia atravessar as ondas com a prancha, que é grande demais. Porém
os caras do aluguel foram bonzinhos e, como ela tinha vontade de surfar,
trocaram a prancha de SUP por uma de surf, e ela passou o restante do
tempo se divertindo com ela.

Nas palavras da Liliam, essas foram as suas impressões:

Apesar
de resfriada e não sentir nenhuma atração pelas águas geladas do
pacífico eu resolvi encarar um SUP em Concon. Não posso dizer que foi a
melhor das experiências.



Aluguei uma prancha de SUP e um neopreme longo
apesar de levar o meu que era curto e portanto não recomendado. Como já
havia praticado o esporte antes não precisei de instruções e cai na
água. Que gélido! Cruzes! Mas a vontade de desbravar o Pacífico era
maior que o frio. Infelizmente depois de um bom tempo tentando cortar as
ondas e de levar muitos tombos desisti do SUP. Quem conhece sabe que a
prancha é muito maior que uma de surfe e convenhamos não foi feita para
cortar ondas. Já estava no final da tarde e o vento não estava ajudando.



Voltei onde aluguei a prancha e troquei por uma de surfe. Que delícia!
Nostalgia pura! Lembrei-me dos finais de semana praianos quando morei na
capital carioca. Não sei surfar, mas ao menos consegui cortar algumas
ondas e deslizar por elas ajoelhada. Quem estiver disposto e tiver um
pouco a mais de tempo e dinheiro para investir pode contratar aulas
particulares ou em grupo de surfe.



Consegui aproveitar bem o tempo
restante do aluguel. Recomendo a aventura. A água é fria a depender da
época do ano e de um azul escuro. A areia da praia não é clara como as
nossas, possui algumas pedrinhas. Mas aquela vibe não tem igual. Fiquei
deitada sobre a prancha observando algumas gaivotas sobrevoando minha
cabeça, sentindo as ondas passarem sob mim enquanto o sol se punha.
Muito relaxante. E não se preocupe, há vestuário, guarda-volumes e água
pra dar aquela enxaguada na água salgada e tirar areia dos locais
incovenientes.

(Liliam Fernandes)

Após isso, curtimos um entardecer por lá. Era hora de fugir para as colinas, por nossas vidas! Voltamos
para o Airbnb.

Dia #2: Valparaíso e Viña del Mar

Valparaíso: Plaza Sotomayor

Pegamos
um ônibus de Viña del Mar até a Plaza Sotomayor, que fica bem no centro
cívico de Valparaíso. No meio do caminho, estava achando a cidade nada
menos do que horrorosa, e é essa a primeira impressão que se tem dela.
Um lugar feio pra caramba! Tipo favelas mesmo. A sensação é de que você
vai entrar numa fria. Se estiver no inverno, pode ter certeza. Haha!

“E
o que você foi fazer nesse lugar, Igor, se tem a cara da morte?”
, você
pergunta, desesperado para entender o porquê desse turismo. Oras,
Valparaíso, ou Valpo, para os íntimos, é tombada como patrimônio mundial
da Unesco, então algo de interessante haveria de ter. Além disso, as
imagens que se vê na internet mostram casinhas coloridas e a gente
queria conferir isso. Quem sabe a intimidade não viria e chamaríamos a
cidade de Valpo? Ou Valpinha? Oi Valpinha querida amiga!

“Mas eu
já fui lá em Valparaíso, tem lá no meu Goiás maravilhoso do bão”
, NÃO É
DESSE VALPARAÍSO QUE TÔ FALANDO. Estamos no Chile, galera!

Mas,
enfim, chegamos na praça. Ela possui um monumento, o Monumento a Los
Heroes de Iquique, ou o Monumento da Marinha Nacional, dedicada aos
mártires que participaram da Luta Naval de Iquique e Punta Gruesa. Há,
também, inúmeros prédios históricos, dentre os quais o do Comando Armado
do Chile, que é o azul e que mais chama a atenção.

Achei bonita a praça.

Valparaíso: Free Walking Tour

Antes
de mais nada, gostaria de dizer que Valparaíso vale a pena, sim. Não
deixe de visitá-la, apesar da fama de perigosa! A melhor forma de
conhecer Viña del Mar sem ser roubado ou assaltado é fazendo um Free
Walking Tour. Vale lembrar que ele não é exatamente free. Você tem de
dar uma gorjeta ao final de acordo com o que achar justo. Tem a opção
com a Tour 4 Tips, que sai da Plaza Sotomayor, ou com a Free Tour Valparaíso, que sai da Plaza Aníbal Pinto. Optamos pela segunda.

Da
Plaza Mayor até a Aníbal Pinto são 10 minutos de caminhada. Um chileno
nos abordou e disse para tomarmos cuidado com o celular, que poderia ser
roubado, e que era melhor guardá-lo. É, acho que é bom tomar cuidado.

Chegando lá, já tinha um grupo de pessoas em volta do guia, que veste uma roupa vermelha e é de fácil identificação.

Curioso
sobre a praça Aníbal Pinto foi que nunca antes eu tinha visto tanto
cachorro de rua tão lindo em um só lugar! No Chile, é comum vê-los
abandonados por todos os cantos, chegamos a ver cachorro até no topo da
montanha de neve, para se ter ideia… E são tão belos! Dá dó.

Então
o guia começou o tour. Insistiu ele que Valparaíso é questão de
perspectiva, e, às vezes, as coisas são bonitas dependendo do ângulo que
você as vê. Ele consistiu em andar pela cidade de Valparaíso,
conhecendo os seus pontos bonitos.

Um resumo do Free Walking Tour a seguir.

Andamos até o Ascensor Reina Victoria.
Valparaíso é uma cidade cheia de cerros, e, para subir neles, ou você
gasta tuas perninhas ou usa os funiculares, como é o caso deste. É legal
e faz parte do passeio!

Lá, em cima, tem um parquinho legal! Liliam até usou um escorregador lá, emoção pura, hahaha!

Fomos
andando pelas ruelinhas do cerro, e sempre admirados pelas construções
coloridinhas. Realmente, a cidade, quando você entra nos lugares certo, é
bonita e compensa!

Impressionante é essa escada, onde a questão
da perspectiva era muito clara. Vimos primeiro de cima e parecia uma
escada normal. Mas, vista de baixo,percebe-se a pintura de piano!
Chique!

E nossa visita a Valparaíso foi assim. Passando por casas
coloridas e bonitas. Importante mencionar que, como é tombado pela
UNESCO, as casas não podem ter sua fachada modificada! Os donos podem
alterar o seu interior, mas não podem modificar a fachada, somente
reformar, mantendo o aspecto original.

Sugiro que não se preocupe
muito com os lugares que for visitar, que simplesmente confie nos
destinos do Free Walking Tour e terá uma experiência satisfatória.

Porto de Valparaíso

Demos
uma passadinha rápida no Porto de Valparaíso, que foi onde descemos.
Vimos algumas lojinhas, apreciamos o mar, que estava bem azul, as
embarcações e esse canhão.

Extra: La Sebastiana Museo de Pablo Neruda

Não chegamos a visitar o Museu do Pablo Neruda
em Valparaíso. Ele fica fora da rota do Free Walking Tour e, se quiser
visitar, terá de ir por conta. Quem foi gostou! A gente, que tava na
vibe pobreza, tava evitando entrar em museus pagos.

Viña del Mar: Reloj de Flores

Pois
bem, voltamos para Viña de ônibus e hora de conhecer os pontos
principais da cidade balneário. Símbolo da cidade é o Reloj de Flores. É
um jardim bem cuidado e em formato de relógio funcional. Seu mecanismo
foi construído na Suíça, e adquirido por Viña em 1962. É bonito, sim, e
você tem de ver. Já foi vítima de vandalismo e até de uma árvore
agressora que resolveu cair em cima dele! Mas está vivo e forte, ainda.

Viña del Mar: Paseo Mirador Jorge Alessandri

Uma
dica é subir uma escada próxima do Reloj de Flores, que te faz chegar
em um mirante, o Paseo Mirador Jorge Alessandri, de onde se tem uma
vista boa da cidade.

Viña del Mar: Castelo Wulff

Seguimos andando pela
avenida Nueva Marina, de onde há belas visões do mar, até o Castelo
Wulff. É um castelo histórico da família Wulf, construído em 1905. Essa é
a parte oficial em que o Chile parece um pedacinho da Europa, não é? Há
um museu, mas, infelizmente, no dia em que visitamos, estava fechado.

Castillo Brunet
Não visitamos, mas um outro castelo ali perto é o Castilo Brunet. Vimos de longe, apenas.

Cassino

Visitamos
rapidamente o Cassino de Viña del Mar. Estava, inclusive, rolando um
evento de Biomedicina e encontramos estudantes brasileiros por lá! O
evento tinha vários stands legais.

Depois disso, ficamos em um canto curtindo o friozinho trazido pela noite e pelo mar.

Viña del Mar: Passeio Noturno de Bike

Fun
fact
: eu aprendi a andar de bicicleta aos 24 anos de idade. Sim, sempre
fui conhecido pela falta de equilíbrio e pela tendência ao caos. Meus
pais e irmãos mais velhos tentavam de tudo para eu andar num velotrol e
nem nisso eu conseguia. Mas, depois de velho, consegui aprender, e era
hora de botar em prática! Fazer um tour noturno de bicicleta em Viña del
Mar!

O tour foi reservado no mesmo dia na agência física da Bicitours.
No site, você pode ver os tours que eles oferecem. Não encontrei o tour
noturno, mas pode ser que eles ainda ofereçam na loja física.

Foram
12km andados no total, contando ida-e-volta, e consistiu em um caminho
que foi desde antes da Playa Los Cañones até depois da Reñaca. O caminho
é bonito e agradável. Só não gostei de ter que usar uma mountain bike
(não estava acostumado). Teve um caminho DO MAL em que passamos por um
lugar muito estreito, em que de um lado era a rodovia e, de outro, era
um precipício pro mar, haha! Mas foi muito bom, recomendamos!

Dia #3: Museu Fonck e o Moai da Ilha de Páscoa

Não,
a gente não queria ir no Museu do Funk para descer até o chão (chão,
chão, chao!), apesar de que, talvez, fosse uma boa ideia conhecer o funk
viñeiro (aceitem o neologismo) e contrastá-lo com o funk carioca. Não!

A
atração mais interessante do Museu Fonck está do lado de fora, que é um
Moai. Sim, os Naokis, as estátuas de pedra lá da Ilha de Páscoa,
construídas pelo povo Rapanui entre 1250 e 1500. É uma original, trazida
diretamente da Ilha de Páscoa de verdade, um dos poucos que não estão
mais lá!

Quanto a sua parte interna, não visitamos. Há, lá
dentro, exposições de peças das culturas primitivas de norte a sul do
Chile, incluindo Atacamenhos, Mapuches e Diaguitas. Um amigo, que
visitou, disse que foi um dos melhores museus que conheceu na vida,
haha!

E assim terminou nossa visita à região. Logo, voltamos para Santiago, onde continuaríamos nossa trip pro Chile.